Sunday, January 29, 2006

Boto





Ele vem no suspiro da noite, deita no meu corpo,
pesa sobre mim
com seu sexo de água
lago que me afoga e destroça os pardais

Lá fora canta o vento e faz sentido.
Deserto que secava a alma na beira da lua.

Ele vem com seu canto perdido e umedeço de amor

Sei que é tudo mentira.
Mas a marca da água
borda a cama de renda.

Sai com a luz da manhã.
Há quem diga que fui.
Há quem minta que estou.

2 Comments:

Blogger Rubens da Cunha said...

tava sentindo falta.
lindo este,
rubens

2:08 PM  
Blogger Saramar said...

Nossa, maravilhoso poema de amor.
Você demorou a voltar, mas voltou encharcada de belezas.
Parabéns.

Beijos

5:34 AM  

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