Hoje é meu dia de dizer não quero
Dia de sol escuro e maré baixa
Hoje é meu dia de dizer sou contra
Dia de ser partida e incoerente
Não quero perdoar nem ser perdoada
Não quero amar não quero ser amada
Quero ser implacável e sem pena
Quero ser bem cruel feroz veneno
Não quero ser sutil nem ser serena
Hoje é meu dia de concreto e faca
Hoje é meu dia de parede e aço
Hoje é meu dia de dizer não faço
Hoje é meu dia de dizer não quero
Nem ser boa, nem branda ou generosa
Nem gentil ou fantástica, ou charmosa
Quero ser irritada e sem paciência
Insuportavelmente displicente
Quero rasgar papéis e esquecer nomes
Quero me desligar de toda complacência
Quero não perdoar nem não ter piedade
E dizer coisas duras e maldades
Quero lembrar de tudo com veneno
Quero dizer que não com pouca pena
Quero não ser estável nem serena
Quero ser odiosa, e pecadora
Hoje eu não quero nada de piedoso
Hoje eu não quero o sim da covardia
Quero o não implacável da coragem
Quero o combate rude da impiedade
Quero me amar apenas com vontade
Com total e imortal sinceridade
Quero apenas a mim
em toda a cristandade
Quero ser egoísta com vontade
Dia de sol escuro e maré baixa
Hoje é meu dia de dizer sou contra
Dia de ser partida e incoerente
Não quero perdoar nem ser perdoada
Não quero amar não quero ser amada
Quero ser implacável e sem pena
Quero ser bem cruel feroz veneno
Não quero ser sutil nem ser serena
Hoje é meu dia de concreto e faca
Hoje é meu dia de parede e aço
Hoje é meu dia de dizer não faço
Hoje é meu dia de dizer não quero
Nem ser boa, nem branda ou generosa
Nem gentil ou fantástica, ou charmosa
Quero ser irritada e sem paciência
Insuportavelmente displicente
Quero rasgar papéis e esquecer nomes
Quero me desligar de toda complacência
Quero não perdoar nem não ter piedade
E dizer coisas duras e maldades
Quero lembrar de tudo com veneno
Quero dizer que não com pouca pena
Quero não ser estável nem serena
Quero ser odiosa, e pecadora
Hoje eu não quero nada de piedoso
Hoje eu não quero o sim da covardia
Quero o não implacável da coragem
Quero o combate rude da impiedade
Quero me amar apenas com vontade
Com total e imortal sinceridade
Quero apenas a mim
em toda a cristandade
Quero ser egoísta com vontade
2 Comments:
Puxa! O bicho pegou mesmo, hem?. Costumo conceber que somos como a natureza, iguaizinhos, em tudo, sugeitos e arroubos de harmonia e tempestades.
abraços
José Mattos
Mhelzinha,
Você mudou a ordem das minhas coisas. Reverteu o pensamento. Coisas que podemos fazer e enfrentar o proibido... Sensação estranha e desafiadora... Parabéns por ousar enfrentar o seu eu.
Belíssimo, belíssimo...
Beijos,
Beto
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