O pio tristíssimo da águia da montanha cortou a tarde que morria.
Ahmed Ibn Saud encontrara seu destino e sua morte. Como sempre, girassóis floriam nos jardins.
Ahmed acordou cedo, quando as primeiras estrelas morriam. Lavou barba e cabelo, tomou seu café com pão sovado. Vestiu-se, carregou a pistola, rezou para o Altíssimo, colocou o chapéu desabado e saiu.
Ahmed acordou cedo, quando as primeiras estrelas morriam. Lavou barba e cabelo, tomou seu café com pão sovado. Vestiu-se, carregou a pistola, rezou para o Altíssimo, colocou o chapéu desabado e saiu.
Atravessou os campos verdes, as macieiras em flor, os trigais amarelos, margeou regatos de fontes frescas, ao lado de úmidas violetas, ouviu os sinos que ditavam horas de oração, uma vez, duas vezes, infinitas vezes. Atropelou tílburis e carruagens, sobre sua cabeça passaram aviões e foguetes, a tarde morreu silenciosa e barulhenta. Seus passos criavam sulcos na areia quente do deserto, onde os cactos lançavam braços ressequidos para o céu e a lua pálida surgia, quando avistou o vulto que esperava.
Ahmed acordou cedo, quando as primeiras estrelas morriam. Lavou barba e cabelo, tomou seu café com pão sovado. Vestiu-se, carregou a pistola, rezou para o Altíssimo, colocou o chapéu desabado e saiu.
Atravessou os campos verdes, as macieiras em flor, os trigais amarelos, margeou regatos de fontes frescas, ao lado de úmidas violetas, ouviu os sinos que ditavam horas de oração, uma vez, duas vezes, infinitas vezes. Atropelou tílburis e carruagens, sobre sua cabeça passaram aviões e foguetes, a tarde morreu silenciosa e barulhenta. Seus passos criavam sulcos na areia quente do deserto, onde os cactos lançavam braços ressequidos para o céu e a lua pálida surgia, quando avistou o vulto que esperava.
Mas alguns minutos e defrontaram-se contra o horizonte imenso. Dois homens de negro, a mesma silhueta magra.
Ahmed acordou cedo, quando as primeiras estrelas morriam. Lavou barba e cabelo, tomou seu café com pão sovado. Vestiu-se, carregou a pistola, rezou para o Altíssimo, colocou o chapéu desabado e saiu.
Atravessou os campos verdes, as macieiras em flor, os trigais amarelos, margeou regatos de fontes frescas, ao lado de úmidas violetas, ouviu os sinos que ditavam horas de oração, uma vez, duas vezes, infinitas vezes. Atropelou tílburis e carruagens, sobre sua cabeça passaram aviões e foguetes, a tarde morreu silenciosa e barulhenta. Seus passos criavam sulcos na areia quente do deserto, onde os cactos lançavam braços ressequidos para o céu e a lua pálida surgia, quando avistou o vulto que esperava.
Mais alguns minutos e defrontaram-se contra o horizonte imenso. Dois homens de negro, a mesma silhueta magra.
O último raio de sol que atingiu seus olhos, revelou o rosto do oponente. Seu coração estremeceu de horror e reconhecimento, mas a mão foi certeira. Matou-o com um único tiro.
O pio tristíssimo da águia da montanha cortou a tarde que morria.Ahmed Ibn Saud encontrara seu destino e sua morte. Como sempre, girassóis floriam nos jardins.
3 Comments:
Troiana!
Gostei do conto e achei curiosíssima a repetição de atos, de tempos. Um conto que começa pelo final e se derrama repetidas vezes até o começo e então... ao final.
No mínimo, original. Parabéns!
Mhel,eu achei interessante esta tua forma de relato.Foste repetindo o parágrafo anterior,sempre acrescido de uma frase nova que se tornava parte da repetição no próximo parágrafo e,assim,sucessivamente.
Muito bem feito.Quando li o primeiro parágrafo repetido não tinha absorvido a idéia e achei que tivesse sido um engano na hora de digitar.Um pouco mais adiante é que percebi essa forma de escrita.
Agradou-me.Ficou bonita e não cansou.
bjos,Tania.
Aproveito para te dizer que o endereço do meu blog foi alterado.
Agora é www.plathanus.coloridus.zip.net
M'Hel, minha deusa afro-nórdica...Esse teu texto me lembrou o Bolero, de Ravel, em que um mesmo tema se repete, apenas com a inclusão de mais instrumentos, para encerrar como no começo: silêncio!
Beijos
Sam
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